sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Abismo*




Acima do vale, havia uma abismo sombrio,
tão escuro quanto a noite e tão alto quanto o firmamento.
Não havia luz alguma sobre este abismo desesperador,
apenas via-se, de tempos em tempos um reflexo brilhante que emergia de seu interior.

Quem tivesse a ventura, de sair do vale e procurar pela origem daquele brilho
poderia ter uma visão única, pois acima daquele abismo de sombras residia a criatura mais bela deste mundo

Mas desde que o abismo se encheu de negror, esta criatura postou-se a beira do mesmo e de lá não mais saiu.
Assim como o reflexo brilhante, que descobriu-se vir de seus olhos, de tempos em tempos ela baixava a cabeça para olhar por entre suas mãos algo que guardava com calor e com carinho.
Algo que a fazia sorrir timidamente antes de voltar a fechar os olhos para o mundo.

Porém um dia, ao abrir os olhos e mirar suas mãos, esta criatura sentiu uma chama arder em sua alma.
Sobre o dorso de suas mãos brilhava uma centelha de luz, luz essa trazida do horizonte,
um horizonte que despontava com o que ela esperava por todo esse tempo...
O sol...
O calor...
A vida!
Vagarosamente e com cuidado ela abriu suas mãos e depositou ao chão aquilo que com carinho cuidara, uma pequena flor, tão frágil que mesmo uma leve brisa a partiria.
Então ela recuou e observou.

Ao tocar o chão, a pequena flor banhou-se em luz e então se fortaleceu,
Rapidamente cresceu e se multiplicou.
Como uma onda, flores brotavam no chão, não mais negro, mas sim verde, amarelo, vermelho...
Todas as cores possíveis se encontraram naquele solo e, enquanto a luz incidia sobre o abismo
flores continuavam a emergir em seu encalço.

Finalmente a luz do sol iluminou a criatura por inteiro, agora não se podiam ver apenas os olhos, podia-se vê-la completa, em todo seu esplendor
Um anjo de logos cabelos negros, um corpo perfeito e um sorriso apaixonante,
que abriu suas grandes asas e, finalmente sentindo-se livre correu em direção ao abismo
O vento passava acariciando seu pele enquanto corria de olhos fechados, até a beira.
Então o anjo saltou, não para a morte, mas para a vida.

O anjo sobrevoou todo o vale, flores desabrochavam quando o vento que acariciava sua pele trazia o aroma de seu perfume, o sol refletia em suas asas prateadas revelando sua perfeição e seus olhos, agora abertos miravam o horizonte sem fim.
Ela não esperou mais, voou em direção ao horizonte, ao encontro do sol, que nunca mais a privou de sua companhia, juntos eles mergulharam o mundo em luz e calor, e nunca mais se viu um lugar onde não houvesse um jardim perfumado e ensolarado.

Há quem diga que aquele abismo sombrio era a solidão, a tristeza. E que o anjo mesmo se sentindo só a sua beira, sempre guardou em suas mãos uma pequena esperança.
Esperança de que quando o sol voltasse lhe trazendo de volta a vida, ela seria feliz novamente em um novo horizonte.



Do meu babe..perfeitinho como tudo q encontrei nele*

2 comentários:

Anso disse...

Acho q o anjo irá por si só trazer o sol até ela, criando um novo horizonte... ele irá fazer acontecer!
pois axo q ele sabe q sem o horizonte não há, naum pode haver!
O horizonte é q nem a utopia! ha mantem viva! a cada passo q damos em direçnao ao horizonte, o horizonte da um passo para tras! fazendo sempre com q andemos para frente sem parar!!

Gostei!

Fernanda disse...

eu pude ver enquanto lia um filme ma-ra-vi-lho-so.
Um brinde à esperança!
beijos, querida :D