terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sobre a solidão como companhia.


Hoje novamente ela a perseguiu.Titubeou por alguns instantes,hesitou em sua certeza ; más lá estava ela...Soturna,traiçoeira,sufocante.Sugando todas as suas energias,seus suspiros,seus delírios.Tomando pra si cada gota de seus devaneios mais marcantes.Inseparável,fixada sob sua pele,impregnada em seus pêlos,corpo,suor.Sentindo até o leve torpor de suas fragrâncias,inebriando a visão colorida que ela ainda mantinha de alguma coisa perdida.
Sentiu-se fraca,jogada á tangente,derretendo o fio de contentamento que ainda a mantinha viva.

E embriagada pela loucura,seguia os passos de quem a tanto perseguiu,de quem a colocava em frangalhos,de quem estupidamente derretia seu universo de cor púrpura.Esgotada,se entrega á fria escuridão acolhedora,onde ela a espera.E ela,a solidão,sorri maliciosamente sua vitória sob a menina de pela alva e sonhos esquecidos.

4 comentários:

Anônimo disse...

Suave, doce e triste, bem triste.
Mas tenho certeza que a menina escapa da solidão...ah escapa sim!
Belo texto.

Besos

Anso disse...

Ha axo a solidão morreu em seu texto! Apartir do momento q ela se faz real, se torna companhia e a solidão deixa de ser solidão! Ela se torna teu próprio Eu tornando-te plana em ti mesma!
Bj fia!! foi um prazer te conhecer!

Unknown disse...

vc flui baby...

flui...

AriFilho disse...

Real? Sonho? Insonia?
Bem legal!
Adoro as coisas que você escreve.