Acordou atordoada por estes pensamentos. Fitou o relógio ao lado da cama: 03:15. Havia adormecido singelos 20 minutos. Sentou-se morosamente na beira do móvel e acendeu o abajour carmim. Tentou desviara a atenção, mas as perguntas pulsavam cada vez mais forte.
Sabia que não era covarde, entretanto conhecia também sua terrível mania de criar expectativas sobre tudo: futuro, clima, pessoas, amor. E a cada suposição inventada, uma decepção sempre se instalava e fazia cinza e pálido todas as nuances a sua volta.
Sentia-se estagnada, presa, refém de um mundo ilusório que ela havia criado para si. E permitiu-se não pensar. Não saber. Não programar o próximo passo. Decidiu simplesmente entregar-se ao obscuro, ao desconhecido...
Finalmente resolveu render-se a apatida do "não saber". E assim adormeceu novamente... Sem saber.
6 comentários:
Compartilho do mesmo "mal". E a decisão de abraçar o "não saber" por vezes me salvou da montanha russa das expectativas todas e das decepções todas...
bjos :D
Tava sentindo falta de te ler.
e os pensamnetos são tão fáceis de voar...de terem caminhos próprios, tão ousadamente independente de nós [é mesmo difícil acreditar que podemos controlá-los].
a entrega ao "não saber" talvez seja a única solução ou uma aspirina. de qualquer forma, funcina, acho.
adorei o texto e mais uma vez me ver no que escreve.
beijos
Antes não seber do q poder saber e não querer, pq daí se torna o não Ser!
Bjs! tava sentindo falta daqui...
Alguns questionamentos não foram feitos para serem solucionados, porque são muitas as respostas ou porque nenhuma delas pode nos dar completude.
Demorou mas postou né?rs
Beijao flor.
babe,vamos se jogar ai no mundão e ja era,estamos juntas nessa multidão,multidão de pessoas,multidão de pensamentos,multidão de sentimentos,multidão de expectativas.ta ouvindo o eco?ão,ão,ão,não importa!ja dizia yang:tanto faz!hahahahaha
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